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História da Homeopatia

 

Nascido na Alemanha, (1755-1843) em Meissen, Christian Friedrich Samuel Hahnemann, foi um médico alopata que, desiludido com os processos de cura da sua época, decidiu buscar novas formas de tratamento.

Depois de várias pesquisas na medicina, Christian Hahnemann, chegou à conclusão, de que a hipótese científica da “cura pelos opostos” estava errada, uma vez que o paciente, jamais atingia a verdadeira cura, pois o mal persistia!

 

Em 1787 decidiu abandonar a medicina, limitando-se a traduzir livros para, assim, poder sustentar a família.

Foi em 1790 ao traduzir a “Matéria Médica”, do médico escocês William Cullen, que Hahnemann, discordando com a tese sobre a eficácia terapêutica da quina (quinino), aplicada num doente de malária, devido ao seu efeito tónico (sobre o estômago), decidiu administrar a mesma experiência, sobre si mesmo.

 

A EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SADIO

Depois de tomar a quina durante vários dias, Hahnemann, acabou por apresentar uma serie de sintomas, típicos da malária. Os sintomas acabaram por desaparecer, quando suspendeu a toma da quina, voltando assim, ao seu estado normal de saúde.

 

Tal experiência levou-o a concluir, que um remédio que produz um determinado efeito numa pessoa sã, pode provocar igual efeito de cura, numa pessoa doente.

O Dr Hahnemann lembrou-se que o pai da medicina, Hipócrates (468 a 377 a.C.) havia já constatado, a existência de três princípios curativos:

-“Vis medicatrix naturae” a força curativa da natureza.

-“Contraria contrariis curantur” os opostos, são curados pelos opostos.  

-“Similia similibus curantur” os semelhantes são curados pelos semelhantes.

Sendo este último o único princípio do qual Hipócrates não aprofundou nos seus estudos. Foi então que, Hahnemann decidiu investigar o fenómeno “Similia similibus curantur” dando assim início á aventura de novos caminhos na medicina

Começou por substituir o dogma da “Cura pelos opostos”, pelo princípio de “O semelhante cura o semelhante” e criou o termo “Homeopatia”, palavra de origem grega, “Homoios” que significa, semelhante.

 

DOSES MÍNIMAS

Hahnemann utilizou plantas, animais, minerais e metais para criar separadamente, uma tintura-mãe (matéria-prima pura). Desde então, começou a aplicar os seus Remédios Homeopáticos, em vários pacientes, originando reacções excessivas aos efeitos destes remédios. Como o facto de reduzir as doses não lhe trouxera satisfação surgiu a ideia, de diluir uma parte da “tintura-mãe”, em exactamente 99 partes de álcool. Agitou 100 vezes a garrafa da solução medicinal dando origem, à primeira potência, a que chamou de C1 (C= centesimal).

 

Mesmo assim, as reacções dos pacientes persistiam. Foi então que Hahnemann, decidiu retirar, uma parte do C1, e voltar a misturar com 99 partes de álcool, agitando novamente, obtendo a C2 e assim por diante…

 

Um dia, durante as suas visitas domiciliárias, constatou, que os remédios que transportava na sua mala, tinham efeitos mais intensos e rápidos no processo de cura dos doentes, do que os remédios que deixava em casa sem ser transportados.

Chegou então à conclusão, de que a diluição com a agitação proporcionavam, uma potencialização aos remédios e, através da progressiva potencialização, a matéria-prima inicial torna-se ainda mais potente e eficaz.

 

O REMÉDIO ÚNICO!

Desde o início da sua prática, o Dr Hahnemann utilizou apenas um remédio de cada vez, em dose única aplicada a cada paciente!

 

O Dr Hahnemann procurava a individualização da forma de responder aos medicamentos na individualização da forma de adoecer, utilizando um conjunto mínimo de sintomas para escolher o remédio mais apropriado.

 

Concluiu por isso que se deveria dar apenas uma dose única a cada paciente, e aguardar pelo resultado, que pode ser o desaparecimento dos sintomas e o restabelecimento do doente, ou o esgotamento do efeito desta dose sem chegar ao objectivo, (que implica a necessidade de renovar a dose da medicação, no caso do reaparecimento de algum sintoma antigo e já tratado, ou da permanência de um ou mais sintomas), ou no caso do aparecimento de novos sintomas no paciente, a reavaliação do caso é desejada para mudar o remédio.

 

Assim nasceram os quatro princípios básicos para os fundamentos da homeopatia:

- A lei dos semelhantes;

- A experimentação no homem sadio;

- As doses mínimas;

- O medicamento único.

    

 

 

 

 

 

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